sábado, 28 de agosto de 2010

Risoto de morango da Sehora Speranza (versão panela de pressão)

Primeiro eu queria pedir desculpas aos milhares de leitores assíduos que não veem encontrando posts recentes. Mas é que agora ingressei numa coisa chamada mercado de trabalho e isso junto com a faculdade (que pode incrível que pareça eu frequento) fica meio difícil gastar um tempo na cozinha.
Sorte minha que por esses dias apareceu um sujeito chamado Alberto, com uma caixa de morangos e um grande sonho: Espalhar a receita de sua mãe, o risoto de morango!
E com muita alegria e dedicação fizemos esse prato na sexta-feira.
Aqui vai a receita da Senhora Speranza que está aguardando ansiosamente a volta de seu filho.




Ingredientes
2 colheres (de chá) de manteiga
½ cebola
2 xícaras de morangos BEM maduros (quase podre mesmo!)
1 xícara de morangos maduros.
1 xícara de parmesão
2 xícaras de arroz. (se estiver com grana compre o arroz arborio)
1 xícara de vinho branco seco
1 litro de caldo de vegetais (ou frango)
sal à gosto.


Modo de praparo:
Pique 2 xícaras de morango em pequenos cubos e a cebola bem fininha. Coloque uma colher de manteiga na panela de pressão e quando ficar quente, refogue a cebola e quando ela ficar transparente adicione os morangos. Cozinha até virar um creme, adicione o arroz e deixa lá, mexendo, até secar o creme, adicione o vinho, deixe evaporar o álcool do vinho, adicione o caldo. Feche a panela de pressão e deixa por 10 minutos. Caso seja arroz arborio deixe por 13 minutos.
Abre a panela, adicione mais uma colher de manteiga e metade do parmesão, mexa e cubra com um pano limpo (LIMPO PORRA) por 5 minutos.
Sirva coberto com os resto do parmesão e os morangos maduros (não os podre) fatiados.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Arroz superpoderoso

Chamou os miguxos para almoçar em casa no domingo, destruiu a balada no sábado. Acordou 1 da tarde com a cabeça explodindo. Só tem uma panela limpa e com certeza você não vai lavar a louça da casa. Tá pensando em desmarcar o almoço? Nem pensar, com o arroz superpoderoso você resolve o problema e ainda deixa a louça para a segunda-feira.

Já pensou em uma refeição, composta essencialmente de arroz, que sujasse apenas uma panela, mas que mesmo assim fosse completa? Eis o arroz superpoderoso, fácil, rápido e higiênico de fazer, saca a receita:

3 linguiças calabresas
1 peça de bacon
1 xícara de vagem
3 dentes de alho picado
1 pitada de cuminho com pimenta do reino
1 cebola picada
3 xícaras de arroz
5 xícaras de água
1 pitada de sal
1 xícara de repolho.

Refogue em uma panela a linguiça calabresa, o bacon, a vagem, o alho picado. Adicione o cuminho com pimento do reino. Depois de dois minutos, coloque a cebola e o arroz, espere um pouco e coloque a água. Deixe cozinhar por 20 minutos e adicione o repolho, espera secar a água e esta pronto!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Maninha com drill.

Maninha com drill.

Ingredientes:
1 peça de maninha
1 cabeça de alho
1 ramo de drill
1 copo de vinho branco
1 colher de chá de alcaparras
2 pitadas de sal
½ xícara de azeite

Preparo:
Sele a peça de maninha em uma frigideira, cuidado para não furar a maninha senão o líquido vaza! Coloque a maninha em uma assadeira, coloque a cabeça de alho inteira em cima da maninha, e despeje o resto. Daí é só deixar no forno coberto de papel alumínio por 40 minutos, tirar o papel alumínio e deixar mais 10 minutos. Assim a maminha pega um bronzeado!

Dica: se quiser coloque mais cabeças de alho, o pessoal daqui reclamou que tinha pouco.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Primeira colaboração ou Batatas do avô da Anna e do André

Essa foi a primeira colaboração que recebo para o blog, gostei muito, é só abrir o e-mail e pronto! E é claro que gostaria de agradecer a Tia Coca por esta colaboração, essa é uma ótima receita para quem tem medo de óleo quente ou para quem não quer sujar muito o fogão. 

INGREDIENTES
500 g de batatas médias
1 litro de óleo
sal a gosto

PREPARO
Lave as batatas ainda com casca, seque e só depois descasque. Corte cada batata em 4 ou 6 pedaços. Com um pano, seque muito bem as batatas cortadas. Coloque-as em uma panela funda e cubra-as com o óleo em temperatura ambiente. Tampe a panela e leve-a ao fogo até que as batatas dourem. Só abra a tampa para verificar se as batatas estão prontas. Retire-as com uma escumadeira e seque o excesso de óleo em papel absorvente.

Se quiser, coloque um ramo de alecrim bem generoso para aromatizar.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Para um inverno aquecido: sopa de feijão!

Está certo que o tempo começou a esquentar, mas nesse inverno já passamos muito frio e provavelmente vai ter mais frio pela frente.
Com esse frio nosso corpo consome mais energia, todos temos mais fome, comemos mais e eventualmente descolamos umas gordurinhas extras. Também existem pratos típicos dessa época, como o founde e as sopas.
E é justamente de sopa que vamos falar hoje, mas não qualquer sopa, mas sim da sopa de feijão, a que tem mais sustância e a mais capaz de esquentar o inverno, isso porque o feijão em contato com o intestino gera um produto gasoso e quentinho!

Então para a sopa de feijão vamos fazer o seguinte:
Deixe meio saco de feijão de molho por duas horas.
Coloque na panela de pressão e coloque água até a metade da panela.
Adicione sal e folhas de louro.
Deixe no fogo alto até começar a sair vapor, depois abaixe o fogo e deixe por mais 25 ou 30 minutos.
Desligue e deixe o feijão quieto por um tempinho, levante o peso para ver se não tem mais pressão nele.”


Agora refogue uma cebola picada e três dentes de alho, junte com o feijão e bata tudo no liquidificador, depois refogue uma couve e um pouco de bacon. Coloque a couve a o bacon em cima da sopa e sirva em uma caneca para dar um estilo.

sábado, 7 de agosto de 2010

O ponto crítico para a cozimântica

Como em todas as ciências pós-modernas, a cozimântica também enfrenta um ponto crítico, quase como se fosse um dos “chefões” dos video-games, a cozimântica enfrenta agora a sua própria dialética e só com a superação desse fato ela poderá evoluir e se desenvolver. E eu, como qualquer pensador pós-moderno, sinto essa dialética no âmago do meu ser.
Eu poderia até tentar ser mais claro, mas daí ia perder boa parte da minha credibilidade, então optei por ser confuso mesmo.

A crise dialética da cozimântica:
A teoria sobre a nova arte culinária, propõe por principio que qualquer ato puramente gastronômico é por si só esvaziado de sentido. Sendo assim, seguir a linha oliveriana séria cometer um erro leviano em relação a alimentação dos homo sapiens. Isto poderia levar a crer, que a saída deste impasse teórico séria a culinária, principalmente as correntes palmerinhianas e ana-maria-braguianas, porém a falta de embasamento teórico destas duas correntes são potencialmente perigosas, logo elas não são soluções para esse impasse.
Então assim surge a dialética da cozimântica, esta ciência (a cozimântica) flana por entre a gastronomia e a culinária. O que antes era algo apenas positivo e representava a solução procurada por anos pelos teóricos mais competentes do mundo, agora entra em crise pela absorção da culinária pela gastronomia. Sem ter estas duas linhas de pensamento para se contraporem, a cozimântica perde sua orientação e seu embasamento teórico.

Será esse o fim da cozimântica?
Alguns pessimistas afirmam que com essa nova ordem mundial a cozimântica esta fadada ao fracasso, e o seu termino é eminente, assim como o fim do mundo em 2012. Mas graças à recentes pesquisas sabemos que isso não é verdade. Justamente pelo seu caráter dialético, cozimântica é uma ciência autônoma e esta apta a desenvolver dentro de seu próprio campo a tensão, antes causada pela relação gastronomia versus culinária.

Conclusão:
Para sobreviver a cozimântica agora passará a ser uma ciência pós-moderna tensiva e para isso será necessário que dentro de espaço que lhe cabe criar e agir entre a culinária e a gastronomia.

AGUARDEM....

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Primeiro relatòrio de viagem,

Depois de ter tomado um avião e de ter visto os andes logo abaixo do meu pé, a primeira coisa que me chamou a atençao no Chile foi o sol, como aquele coisa brilha forte! Outra coisa que impressiona é a poluição, que mal deixa a gente ver os picos nevados do Andes.
De experiências gastronômicas tive duas importantes até agora. A primeira foram as famosas empanadas chilenas, boas mesmo, mas prefiro o pastel de feira. Também fui para um restaurante badalado, para brasileiro ver, ele se chama restaurante giratório e enquanto você come, ele dá uma volta de 360 graus, que dura mais ou menos uma hora. Tirando esse fato o restaurante é muito bom, o atendimento foi eficiente e simpático, a comida muito boa, o que estraga ele, somos nós os brasileiros e a musica anos 80 que fica pentelhando os ouvidos.
Outra coisa que posso dizer do primeiro dia é que cambio é uma coisa intrigante, quando você está comprando tudo parece muito barato, depois que você compra tudo parece caro!

E tudo isso aqui foi ontem! Hoje acordei cedo, comi um pão chileno que mais parece um grande miolo de pão francês e fui pegar o ônibus para Mendoza.
Atravessar os Andes num ônibus é incrível, pena que dura muito tempo, e o medo é constante, recomendo o uso de uma fralda geriátrica! Mas a paisagem compensa a roupa de baixo suja, pela primeira vez na vida vi neve e não apenas vi, também consegui encostar quando esperava os tramites para entrar na Argentina, o resto da viagem eu dormi.
De Mendoza por enquanto só elogios, a cidade não é impressionantimente bonita, mas é uma das mais agradáveis que já vi. Isso deve acontecer por causa da siesta e do mate, todos estão sempre felizes, descansados e com cafeína no corpo, sem contar o vinho, que sem surpresas é muito bom e barato!
Gastronômicamente só consigo me lembrar do meu amigo Chico, comi um lanche de frango com pimentão no ônibus e o pancho, uma espécie de cachorro quente argentino.
Tinha muito mais para te contar, mas as coisas por enquanto são essas. Amanhã começam os passeios nos vinhedos e daí a coisa vai ficar mais legal ainda!

ps: o ônibus que peguei tinha ate comissário de bordo!

sábado, 3 de julho de 2010

Mudança temporária de rumo:

Apesar disso parecer estranho, estou entrando de férias, vou fazer uma viagem enoloporrica e cozimântica pelo Chile a Argentina. Logo duas coisas podem acontecer:

1- ou fico 20 e poucos dias sem atualizar o blog
2- ou o blog vira um diário de viagem e já que a viagem tem relação com o blog eu acho que isso é o mais provável.

Façam as suas apostas, escolham entre o 1 ou o 2, procure seu corretor e invista em algum dos dois e depois descobriremos qual vai ser o grande campeão.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Omelete de batatas, bom barato e mortal (ou como conseguir um enfarto em uma refeição)

Vida está ruim? Ninguém se importa com você? Está abandonado no mundo selvagem e saudável com alface e verduras por todo lugar? Não se desespere, temos aqui uma refeição que se não te fizer sentir melhor, vai te matar de colesterol alto ou ataque cardíaco, o que de certa forma também resolve todos os seus problemas com vegetais.
A receita é bem simples e se prestar atenção nos detalhes ninguém sairá ferido.

Ingredientes:
2 ovos
2 batatas
muito óleo vegetal
um pouco de queijo
sal, pimenta e algum tempero verde (manjericão, orégano, dill, ervas de provence)

                        Smile do entupimento das veias. =) hello ataque cardíaco!


Modo de preparo:
Em um frigideira coloque óleo (lembre-se que não pode ter água nessa coisa, NADA de água) corte a batata em fatias bem pequenas e frite-a em imersão em óleo quente. Enquanto isso bata os dois ovos junto com os outros ingredientes. Quando as batatas estiverem fritas,abaixe o fogo e jogue os ovos batidos, aí é esperar um minuto e virar de lado, esperar mais um minuto e pronto.

Esse post é uma homenagem à Luiza vizinha que me ensina a arte da fritura e da má alimentação.

sábado, 26 de junho de 2010

Arroz de forno ou o que fazer com as sobras de arroz.

Arroz de forno é uma técnica milenar para aproveitar o que sobra desse fantástico grão que faz parte de quase toda refeição brasileira. Mas o grande motivo de existir o arroz de forno é, na verdade, o estrogonofe. Isso mesmo, duvida?
Chame uma meia dúzia de pessoas para almoçar estrogonofe na sua casa, calcule uma porção de arroz para cada uma de estrogonofe por pessoa e deixe seus convidados fazerem seus respectivos pratos. A sua grande surpresa vai ser ver o estrogonofe acabado e mais da metade do arroz na panela. Garanto que no mínimo uma pessoa só vai pegar estrogonofe e batata palha, deixando o pobre arroz abandonado.
Isso poderia causar um colapso nervoso em uma pessoa despreparada, mas quem conhece a receita do arroz de forno fica muito feliz quando algo desse tipo acontece.

Ingredientes:
Resto de arroz ou arroz pronto.
1 peito de frango limpo e picado em cubinhos
1 cebola
2 dentes de alho
1 cenoura
1 tomate
½ copo de vinho
1 garrafa de creme de leite fresco
200 gramas de queijo fatiado
1 colher de óleo vegetal
sal, pimenta e noz moscada à vontade.


Preparo:
Deixe o arroz pronto guardado e faça um molho com o frango. Esse molho é assim ô: Refogue o frango picado em óleo à fogo alto, quando ele estiver quase seco abaixe o fogo, coloque a cebola bem picada, o alho e a cenoura picada em fatias, também adicione o vinho e deixe tudo cozinhando em fogo baixo. Novamente quando tudo estiver quase seco coloque o creme de leite e mexendo deixe ele engrossar por uns dez minutos em fogo baixo, tempero com o sal, pimenta e noz moscada.

Montagem:
Com o molho pronto, coloque um pouquinho no fundo de uma assadeira, cubra com uma camada de arroz, coloque mais molho em cima e fatias queijo. Novamente coloque o arroz, molho e queijo, cubra com fatias de tomate e leve ao forno pré aquecido, quando as fatias de tomate secarem é só tirar do forno e servir.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Molho Bechamel, aí que chique! Mas para que serve?

Há algum tempo eu passei uma receita de lasanha, junto com essa receita também ensinei o fantástico molho branco preguiçoso, cheio de maisena e alegria, até então eu ignorava a felicidade e requinte do BEHCAMEL.
Mas como fui evoluindo junto com o blog, achei que estava na hora de tentar fazer este molho refinado, o original molho da lasanha e composto essencial para o molho rosé.
E qual foi minha surpresa ao fazer o Bechamel? Ele é mais preguiçoso que o molho preguiçoso e talvez até mais divertido, a única que coisa continua meio obscura é onde eu posso usar esse molho, só sei que ele serve para lasanha e molho rosé!

Ingredientes:
2 xícaras de leite
4 colheres de sopa de manteiga (sim, muuuita manteiga)
3 colheres de sopa de farinha
sal e temperos como a gente gosta (eu gosto de noz moscada e de pimenta)

      Imagem meramente ilustrativa, macarrão não incluído no kit molho Bechamel.


Modo de preparo:
Esquente o leite até ele chegar perto de ferver, daí desligue o fogo e deixe o leite quente numa boa. Numa panela derreta a manteiga e adicione toda a farinha, aí é quando você começa a mexer e não vai parar nunca mais. Vá mexendo a mistura amarela de farinha e manteiga e tire do fogo antes que essa mistura fique marrom, então é só ir adicionando o leite bem os poucos nessa meleca e ir mexendo para formar uma mistura homogênea e com cara de gostoso. Quando misturar todo o leite volte a panela ao fogo, NÃO PARE DE MEXER, daí é só esperar o molho ficar com a consistência que você quiser!
Se a farinha empapar pode bater para misturar tudo!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Misto quente e a importância de uma cozinha equipada.

Algumas pessoas dizem que minha intenção em passar estas receitas é boa, mas que na verdade são inúteis, pois estudantes que estudam não tem certas coisas na cozinha, como cebolas.
Sou obrigado a concordar com essas pessoas, porém não estou muito preocupado com estudantes que estudam.
Então, em homenagem aos estudantes que estudam hoje vamos ter uma receita que vai deixar todos felizes.
MISTO QUENTE!

Ingredientes:
2 fatias de pão
1 fatia que queijo prato
1 fatia de presunto
1 copo de coca-cola
manteiga.


Modo de preparo:
Pegue uma tostadeira de pão, unte-a com manteiga, coloque uma fatia de pão, em cima dessa fatia coloque o queijo e o presunto e por último a outra fatia do pão. Feche a tostadeira e coloque no fogo, deixe um minuto de uma lado e um minuto de outro, e pronto, só colocar num prato junto com o copo de coca.
Pode-se servir com mostarda e ketchup.

Parece muito prático e rápido não? Mas temos aí um problema, como fazer sem uma tostadeira? Alguns diriam para usar uma frigideira, faça o teste em casa e julgue você mesmo.
Na verdade a moral de historia é essa: Mesmo que cozinhe muito pouco, mesmo que você odeie a sociedade de consumo e vivi bêbado, tem coisas que precisamos ter na cozinha se pretendemos pelo menos nos alimentar em casa. A boa notícia é que você pode comprar um negocio desses em qualquer lugar e paga muito pouco.

Uma singela homenagem à Charles Bukowski

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Bolo de carne ou rocambole, tanto faz!

Passei um bom tempo pesquisando sobre bolo de carne e rocambole de carne, pensei que a diferença entre os dois fosse o formato ou o tipo de recheio, mas aparentemente é apenas uma questão de escolha.
Esta aí mais uma das varias facetas da carne moída, ou o coringa da proteína. Fácil de fazer fica no forno até ficar pronto, o que evita trabalho, só devemos ter cuidado com a preparação que tudo vai dar certo.

Ingredientes:
600 gramas de patinho moído grosso
4 tomates
200 gramas de queijo da sua preferência
2 ovos
2 cebolas
1 xícara de salsão
1 xícara de cebolinha
sal e pimenta a gosto.


Preparo:
Misture a carne moída com a cebola bem picada, o salsão e a cebolinha. Pique os tomates, de preferência tire as sementes, misture com o queijo e com os ovos cozidos. Estique a carne numa tábua e coloque os tomates picados com o queijo e os ovos, feche a carne. Agora é só colocar num forno em fogo baixo e esperar em torno de 40 minutos.
A coisa bacana é que se pode brincar com os recheios e nada é mais relaxante que brincar com carne moída!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Lentilhas às florentina, ou a melhor substituição para o feijão.

Muitos amam feijão, mas muitos tem medo da panela de pressão. Se eu fosse um psicoterapeuta eu faria tratamento de graça para as pessoas perderem esse medo irracional. Na verdade eu já escrevi um pouco sobre feijão e panela de pressão, eu também já sofri do mesmo medo e o fato de eu só ter usado a panela de pressão uma vez na vida, talvez seja um indicio de que eu ainda não perdi esse medo.
Mas já que eu não sou terapeuta,  vou ensinar uma receita de lentilha que tem quase o mesmo gosto que feijão e não precisa de panela de pressão.
Ingredientes
250g de lentilhas
4 colheres de sopa de shoyu
1 cebola media picada de qualquer jeito
sal e pimenta a gosto.



Modo de preparo
Coloque tudo em uma panela qualquer, complete com água e deixe cozinhar em fogo baixo, deixe lá até que a lentilha cozinhe o desejado. Para dar apenas uma ideia, em 20 minutos a lentilha fica ao dente e com 40 minutos fica molhinha e cheia de caldo delicia. Só cuidado com o sal, pois o shoyu já é bastante salgado.
Para incrementar e deixar tudo mais gostoso, nada melhor do que uma gordurinha, então grelhe no azeite umas linguiças (de preferência paio) e adicione na lentilha, assim ela fica irresistível.

terça-feira, 8 de junho de 2010

É batata! Ou: ao vencedor... as batatas.

Para quem acompanha (ou acompanhava) o cozimântica, percebeu que já faz um tempo que nada de novo aparece por aqui. Muito deve ter se especulado sobre esse fato, alguns devem ter imaginado que eu andava ocupado com o final de semestre, ou que simplesmente passei todo o tempo tomando vinho sem parar.
Mas a verdade é uma só: batata!
Há um tempo decidi que a próxima receita seria purê de batata, a primeira coisa que fiz foi ligar para minha mãe e pedir a receita. Algumas horas depois de ter feito esse telefonema meu celular toca, era minha avó que ficou sabendo que eu estava atrás de uma receita de purê e passou a receita dela.
Fui para o supermercado comprar os ingredientes e quando voltei para casa meu telefone tocou outra vez, era minha outra avó passando uma outra receita de purê. E a coisa ainda não parou por aqui, recebi um e-mail de uma tia avó e um fax de uma outra tia avó com receitas de purê. Nesta altura minha namorada me ligou para passar a receita de purê da sua bisavó.
Bem, passei todo esse tempo sem escrever testando todas as receitas de purê de batata que recebi como uma amostra de sabedoria dos mais velhos. E a conclusão é que todos são especialmente bons, então meu conselho é: ligue para seu parente vivo mais velho e peça a receita. Mas caso você não possa entrar em contado com seu parente mais velho vivo eu vou tentar passar uma receita neutra, que tenha os principais elementos de cada receita, a base do purê de batata.

Ingredientes:
1 kg de batata
1 colher de sopa de margarina
1 pouco de leite quente
sal e temperos.


Preparo:
Cozinhe a batata em pouca água: para fazer isso corte a batata em cubinhos cortando as batatas pela metade até atingir cubos do tamanho de um dado, coloque na panela e coloque água para cozinhar, como se fosse um miojo cremoso. (coloque 2/3 de água).
Escorra bem a água da batata e esprema as batatas, pode usar um processador manual ou um garfo, só cuidado para não se queimar, porque batata quente, quente, quente, queimou.
Quando a batata estiver bem homogênea coloque a margarina e misture bem, esquente a batata numa panela e vá adicionando o leite quente até atingir a consistência desejada.
Tempere com o sal e com o que quiser, eu pessoalmente gosto de colocar um cheiro verde picado.




Aproveite esse prato barato e gostoso, mas se eu fosse você eu ligava para a avó para pedir a receita de purê e aproveitava para trocar uma ideia com a velha!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Frango etílico: o que fazer com as sobras das festas.

Frango etílico, o que fazer com as sobras de festas.


Quarta-feira é dia de jogo e sempre aparecem algumas pessoas em casa com cerveja e disposição de ver qualquer coisa na TV. É hora de fazer a pizza de frigideira (suspense, a receita vai sair mais para a frente) e ficar embriagado.
O único problema é que sempre tem um espírito de porco que passa na conveniência e traz os inconvenientes latões. O que parece ser uma boa ideia é uma cilada cheia de cerveja quente e choca no dia seguinte: e o que fazer com essa cerveja?
Outras coisa que também deprimi é quando você vê aquele vinho em promoção e resolve aproveitar, no primeiro gole você percebe a confusão em que se meteu, por mais que todos se esforcem nunca conseguimos terminar essa garrafa e o vinho vai ficando... O que fazer com esse vinho?
A solução para os dois casos está em uma receita só... O frango etílico.

Ingredientes:
6 coxas e sobre-coxas de frango.
3 dentes de alhos
2 cebolas picadas em rodela
1 colher de molho inglês
1 colher de molho de pimenta
o resto da bebida que sobrou (sacou a redundância?)
1 copo de requeijão (se for usar cerveja)
sal, pimenta e condimentos a gosto.



Preparo:
Refogue a cebola o alho e os pedaços de frango com óleo numa panela muito grande e quente, depois de dois minutos refogando (ou antes de começar a queimar) deixe o fogo baixo e coloque os temperos e condimentos de sua preferência (nunca temperei duas vezes igual e sempre ficou bom, só use o “bom senso”). Adicione a cerveja ou o vinho até cobrir todo o frango (pode completar com água se não tiver bebida o suficiente) e deixe cozinhar até quase acabar o caldo. Se estiver usando a cerveja, coloque o requeijão um pouco antes de desligar o fogo.
Sirva com aquela batata palha que sobrou do estrogonofe e divirta-se.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

File de frango tigrado ou quando queimar é bom.

Depois da clara (mas não tão clara) homenagem à minha mãe, me lembrei de um delicioso frango envolto em farinha e grelhado. Também me lembrei que por farias vezes tentei fazer o mesmo frango e nunca deu certo, por sinal nunca nem chegou perto de dar certo.
Mas hoje acordei inspirado e sem energia elétrica, já que não tinha muita coisa para fazer tentei fazer o frango e já que não tinha energia elétrica, não me preocupei e nem vi o que eu estava fazendo.
Logo nunca saberei como fazer esse frango e vou ficar devendo essa receita para vocês.
Contudo, eu preciso colocar uma receita aqui e uma de verdade, porque a historia do cachorro quente já foi o suficiente para brincadeiras. Então lá vai a receita ou pelo menos o que eu acho que é a receita:
Ingredientes:
Filés de frango bem finnhos
Limão ou vinagre
Alecrim
Farinha de trigo branca para polvilhar
Manteiga para untar
Sal
Alho.

Preparo:
Para cada três filés de frangos pique bem picado um dente de alho, misture tudo num recipiente com o suco de limão ou o vinagre. Esquente frigideira, coloque um pouco de manteiga para untar, passe os filés na farinha e coloque-os na frigideira, deixe grelhar por uns 2 minutos de cada lado e está pronto!
Ele vai ficar um pouco queimado, mas é isso que dá gosto e graça ao prato, sirva com molho inglês para atingir o máximo de prazer.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Cachorro quente e como se vingar da ingratidão culinária.

Para mim cozinhar é uma atividade que costuma ser muito relaxante, prazerosa e recompensadora. Depois de cozinhar nada melhor do que comer e receber elogios, bem, na verdade nada melhor do que ter ajuda para lavar a louça depois de cozinhar, com ou sem elogios e nada pior do que não receber elogios e nem ajuda para louça e ainda contar com as mesmas pessoas em repetidas refeiçoes sem elogiar e sem ajudar a lavar a louça. Em outras palavras, nada pior do que ser mãe!
Quando percebi que o meu problema era justamente esse decidi ligar para a minha mãe e perguntar para ela o que fazer numa situação como essa e as sábias palavras dela foram: “Bate com as havaianas e manda lavar a louça ou faça como eu fazia”.
E o que minha mãe fazia? Cachorro quente! Mas todo mundo gosta de cachorro quente, como isso pode ser uma vingança? Aí vai a receita do cachorro quente da vingança!

Cachorro quente da vingança:
1 pacote com 12 salsichas sem corante.
10 pães franceses amanhecidos.
Mostarda.
Preparo:
Cozinhe as salsichas até elas ficarem enormes e abrirem na lateral. Esconda a batata palha e ketchup e a maionese, obrigando os convidados a comerem salsicha com pão duro e mostarda. E de preferência tenha apena sukita uva, nada de coca-cola ou guaraná.
O mais importante é ter certeza que nenhum convidado vai trazer os condimentos certos para o preparo do cachorro quente, então insista que você tem tudo em casa e que não é para trazer nada. A parte mais legal é ver o rosto triste de seus convidados quando eles percebem que não tem pão suficiente e nenhum condimento.

Depois do jantar insista em pedir para que todos lavem a louça e reforce o convite para uma próxima!
Ps: se essa receita não der certo, tente colocar cianureto na sua próxima refeição e lembre-se de não come-la.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Kibe de forno e como fazer render a carne moída.

Já sabemos de toda aquela história de carne moída e proteína barata e também sabemos quanta coisa podemos fazer com a carne moída. O kibe de forno é mais uma das receitas do maravilhoso mundo da carne moída. Mas o que se destaca no kibe, é que além de tudo, você faz render aquele restinho de carne moída que está na sua geladeira. Como isso acontece? Anota a receita:
Ingredientes:
1 xícara de carne moída
1 xícara de trigo para kibe
1 tomate
1 cebola pequena bem picada
½ xícara de salsinha picada
½ limão espremido
sal e pimenta a gosto.

Modo de preparo:
Misture tudo bem direitinho e coloque numa forma, leve ao forno pré-aquecido à 180 graus e deixe por lá 45 minutos. Sirva e coma como quiser. Esta porção deve servir umas 2 pessoas, mas a gente já sabe que isso é bem relativo.



Essa é uma receita bem descontraída e é muito boa para fazer com o tabule, pode-se fazer um grande jantar árabe com essas duas receitas e mais uma coisinha marroquina que não me lembro o nome.

O post hoje vai ser assim mesmo, pequeno e sem graça, mas é que algumas outras obrigações me impedem de ter a devida atenção para com a escrita.

sábado, 15 de maio de 2010

Carne de panela para uma tarde de ócio. (ou as aparências enganam)

É gente, chegou a hora de todos nos sermos tratados melhor por nós mesmos e por nossa comida, chegou a hora da carne de panela!
Prato esse conhecido por todos que tem dedicadas mães ou avós, ou por atrizes da Globo fazendo propaganda para a Knor. Mas a carne de panela aqui vai ser um pouco diferente, porque afinal, quem vai querer fazer um prato desse se a mãe e a avó ou até uma atriz global pode fazer?
Esse receita é mais uma sugestão, cada um vai achar a própria carne de panela dentro de si, com muita meditação e paciência, só quero dividir com todos a minha pequena iluminação pessoal.
Lá vai:
Carne da panela do Vitrório.

900 gramas de patinho
1 cebola grande
2 colheres de óleo vegetal
1 copo de vinho tinto
1 copo de caldo de legume
2 cenouras
1 berinjela.
Azeitonas à vontade.
2 colheres de alcaparras
2 colheres de molho inglês
1 colher de mostarda
1 colher de molho de pimenta vermelha
sal e pimenta à vontade



Preparo:
Numa panela de fundo grosso, grelhe o pedaço inteiro de patinho no óleo quente para selá-lo. Depois transfira o patinho para uma panela grande adicione o vinho e o caldo de legume e deixe cozinhar. Na panela que se grelhou o patinho, adicione as cebola e a segunda colher de óleo vegetal e refogue as cebolas em rodela.
Adicione as cebolas na panela do patinho e espere.
Quando tiver cozinhado por 45 minutos, retire a carne e corte em tiras meio grandes, coloque a carne e todo o resto dos ingredientes, se tiver pouco caldo, adicione água e deixe cozinhar por mais 45 minutos ou 1 hora.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Arroz que “Braga” ou como alimentar um batalhão.

Nada mais legal (mentira!) que receber muitos amigos em casa para comer alguma coisa, mas também nada é mais trabalhoso que isso! Todos sabemos que não podemos servir miojo para jantar e que praticamente qualquer outra coisa vai sujar muito mais panelas do que você está disposta a lavar.
E não fique na esperança de receber ajuda dos amigos para lavar a louça, as pessoas só lavam a louça depois de comer se a comida não está boa!
Mas aqui nós temos a solução: o arroz de “braga”;

Ingredientes:
2 colheres de óleo
1 xícara de arroz
½ xícara de pinga
2 copos de água
1 xícara de ervilha (ou vagem)
2 xícaras de repolho
1 pacote de lingüiça portuguesa
1 peito de frango picado
1 cebola picada
2 dentes de alho

Modo de Preparo:
Grelhe o frango, depois adicione a lingüiça, depois a cebola e o alho e o arroz. Refogue tudo direitinho. Adicione a cenoura e a ervilha, quando levantar fervura coloque o repolho. É só esperar secar.
Sirva com queijo ralado e azeite, então colha elogios! =)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O feijão e a panela de pressão: uma revolução em minha vida.

Ontem foi um dia muito difícil, mas muito mesmo! Então vamos aos poucos.
Na segunda-feira ganhei uma panela de pressão da minha mãe, fiquei muito feliz e ansioso para finalmente atingir o nível 3 da cozinha e fazer meu próprio feijão. Planejei toda a minha terça em função do feijão.
Acordei e enfrentei toda a louça suja do quibe que tinha feito na segunda a noite e comecei as ligações para minha mãe e minha avó. Então comecei, coloquei meio saco de feijão num pote e enchi de água, tinha que deixar o feijão de molho por umas duas horas.
Enquanto o feijão ficava de molho fui atras de um vinho branco para poder atualizar o enoloporria que estava ás moscas desde sexta-feira. Aproveitei para comprar os ingredientes para o jantar que eu ia servir a noite para alguns parentes.

Primeiro ataque de pânico: eu tinha alguns filés de truta em casa, fui comprar mais alguns para o jantar, minha surpresa? Não tinha mais filé de truta no Pão de Açúcar. Por sorte o cara da peixaria foi legal limpou e fez filé de duas trutas inteiras.

Voltei para casa e coloquei o vinho para gelar, comecei a preparar o jantar. Me lembrei que precisava tentar resgatar milhas aéreas.

Segundo ataque de pânico: não consegui entender nada sobre as malditas milhas e quase comprei um cartão de crédito sem querer.

Resolvi que estava na hora de enfrentar a panela de pressão. Coloquei o feijão na panela e cobri com água até a metade da panela, fechei a panela.
Pronto, era só ligar o fogo. E quem disse que foi fácil ligar o fogo? Acho que foi a coisa mais difícil que já fiz na cozinha.
Ufa, fogo ligado! E nada da panela começar a liberar o vapor, um minuto se passa, dois minutos se passam, ligo para minha mãe e nada dela atender. Morrendo de medo desligo o fogo mais uma vez, penso um pouco me acalmo e ligo o fogo de novo.
Durante vinte e cinco minutos deixo a porta da cozinha fechado e vou ao banheiro de cinco em cinco minutos. Volto, desligo o fogo.
Espero mais uns 20 minutos abro a panela, refogo a cebola, o alho e o paio, adiciono tudo no feijão, corrijo o sal e esquento tudo de novo sem tampar a panela.
Vinho branco, feijão e pão, a merecida recompensa por enfrentar a panela de pressão.

Resumindo o feijão:
Deixe meio saco de feijão de molho por duas horas.
Coloque na panela de pressão e coloque água até a metade da panela.
Adicione sal e folhas de louro.
Deixe no fogo alto até começar a sair vapor, depois abaixe o fogo e deixe por mais 25 ou 30 minutos.
Desligue e deixe o feijão quieto por um tempinho, levante a panela e verifique o peso para ver se não tem mais pressão nele.
Depois refogue uma cebola bem picada, três dentes de alho, picados grosseiramente, e três paios, adicione no feijão, experimente e corrija o sal.


Fico devendo as fotos porque estava com tanto medo que não me lembrei de tirar fotos.
Qualquer dúvida entrar em contado.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Batata socada e a verdadeira cozinha desestressante.

Com certeza você já ouviu falar que cozinhar é relaxante e eu concordo com isso. Mas nada é tão relaxante como socar alguém por motivo nenhum, só para sentir seus punhos amassando algo e assim dissipar a sua raiva de uma forma improdutiva e quase selvagem.
Mas infelizmente, algumas pessoas são magras e fracas que nem eu, e se eles, por acaso resolverem tentar socar alguém vão acabar com muitos hematomas e mais nervosos ainda.
Por sorte ainda existem coisas inanimadas que podem ser socadas, mas aí surgem outros problemas. Socar a parede pode fazer você quebrar o punho, socar o travesseiro dispensa qualquer comentário. Parece que não existem solução para nós, os fracos.
Mas aí entram as batatas socadas.
Além de relaxante é um acompanhamento fácil de fazer e barato.
Receita:
Batatas, quantidade proporcional a sua fome/stress.
Alecrim
Azeite.

Preparo:
Primeiro limpe as batata, cozinha elas apenas em água, inteiras e com casca. Pré-aqueça o forno, assim que as batatas estiverem um pouco moles, espere esfriar, coloque-as em alguma superfície plana e comece o massacre, soque as batas de forma que elas fiquem assim:

Depois é só colocar na assadeira, cobrir as batatas com alecrim e orégano e regar com azeite, coloque no forno à 180 graus até dourar e sirva!


Ps: se mesmo fazendo essa batata seu humor não melhorar, tente tomar algo alcoólico, como algum vinho que pode ser encontrado no nosso parceiro Enoloporria.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Lasanha: o domingo e o forno (também conhecido como cozinhar sem cozinhar)

Domingo é o dia da preguiça e também do Faustão. Mas, paradoxalmente, apesar do domingo ser preguiçoso e indigesto é também o dia do almoço em família, é o dia de preparar uma bela refeição.
É gente, mas o domingo também tem suas manhas, seus macetes e malandragens, e a maior delas é o forno.
Do grande repertório de almoços de domingo, o único que me vêm a cabeça e não usa o forno é a feijoada. Todo o resto usa o forno e isso porque forno é cozinhar sem cozinhar, é o ato mais preguiçoso que temos na cozinha. Está certo que o preparo do que vai no forno toma um tempo, mas o preparo pode ser feito com calma e até com dias de antecedência.
E como todos já devem ter percebido a lasanha tem tudo haver com isso. Mas antes de entrar nos detalhes da lasanha vou precisar passar uma pequena receita, que eu chamo carinhosamente de molho branco preguiçoso.

Molho branco preguiçoso:
1 xícara de leite
1 colher de sobremesa de maisena
½ cebola picadinha
1 colher de manteiga
sal e noz moscada a gosto.
Preparo:
Misture a maisena com o leite gelado. Em uma panela refogue a cebola com a manteiga em jogo médio, depois abaixe o fogo e misture um pouco mais a maisena com o leite, jogue na panela e não pare de mexer até conseguir a consistência adequada.
PRONTO! Se quiser deixar o molho muito mais gostoso coloque um parmesão ou outro queijo.
Agora que você já sabem fazer um “molho branco” vamos a lasanha.

Lasanha:
1 receita de molho bolonhesa (postado nesse blog)
2 receitas de molho branco preguiçoso
1 bandeja de queijo
1 bandeja de presunto
1 pacote de massa fresca para lasanha.
2 pacote de parmesão ralado

Preparo:
Coloque um pouco de molho branco, depois uma camada de massa, depois o molho bolonhesa e queijo, depois mais uma camada de massa e depois molho branco, queijo e presunto. Assim por diante, a quantidade de molho, queijo e presunto que você colocar depende do quanto de recheio em relação a massa você quer. Siga seu coração e seu apetite sem medo que você vai conseguir fazer a exata lasanha que você queria. Então é só colocar um pacote de parmesão na lasanha e levar ao forno pré-aquecido a 180 graus por meia hora, mais ou menos.
O mais importante é se divertir durante a montagem da lasanha.
Só mais uma coisa, cuidado ao comer a lasanha, ela pode fazer você passar mal se comer demais!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Estrogonofe (ou strogonoff) e a alta culinária estudantil.

Um pouco da historia pela qual se fez esse blog:
Eu morava em Jundiaí, com meus pais, estudava a noite e não fazia nada o dia inteiro. Foi aí que minha mãe resolveu me dar um curso de como cuidar da casa e da vida, aprendi a limpar banheiro, cozinha e quarto, aprendi formulas mágicas para limpar vidros e tirar manchas de roupas e aprendi até a cozinhar.
Minha querida mãe fez faculdade de química e apesar de nunca ter trabalhado na área levou a sua formação para o seu trabalho: dona de casa. E como não poderia ser diferente, ela levou a química para a cozinha da nossa casa.
Confesso que eu achava meio chato (eu, que ainda por cima sou das humanas) quando ela explicava ponto de ebulição com a água do macarrão, mas se não fossem essas e outras pequenas coisas eu ainda comeria miojo todo dia.
Um ano se passou e fui morar sozinho em São Paulo, havia chegado a hora de testar tudo o que aprendi com minha mãe. Sem amigos na capital fui conhecendo aos poucos colegas de faculdade, mas colegas não são amigos. Então eu tive a ideia de chamar alguns colegas para almoçar em casa, apostando que assim eles virariam amigos.
Ainda com muito medo da cozinha não quis arriscar e fiz um macarrão com molho bolonhesa. As pessoas gostaram, mas mesmo assim ainda não era suficiente para ter amigos.
Até que um belo dia o açougue perto de casa estava carregando uma faixa enorme que dizia: “Filé-mignon peça 16,90 o quilo”. Aquilo era realmente barato e eu sentia falta desse mimo de mãe, então na tive dúvidas e comprei uma peça inteira.
Nesta altura eu estava sozinho em casa com um quilo e meio de filé-mignon e não tinha ideia do que fazer com tanta carne.
Me lembrei dos colegas que tinham almoçado macarrão em casa e achei que devia tentar um outro almoço. Só que como eu iria ficar fritando bifes para sete ou nove pessoas? Então surgiu a ideia de fazer o estrogonofe era só usar duas panelas, uma para o arroz e a outra para o estrogonofe, tudo ficava pronto e quentinho junto e todos poderiam almoçar juntos.
Então foi o que eu fiz, deu muito certo, pois é difícil errar quando se usa filé-mignon e mais uma tonelada de temperos gostosos. E ainda por cima alguns colegas viraram grandes amigos e são até hoje!
Desde então, sempre que quero impressionar alguém eu faço estrogonofe e descobri que ele é a menina dos olhos da cozinha estudantil.

O estrogonofe:
800 gramas de filé-mignon em cubinhos (ou de alcatra, que é mais barata, nesse caso corte a carne em tirinhas).
1 cebola média picada
2 colheres de óleo de cozinha
1 dose de conhaque (ou algo para flambar)
2 colheres de ketuchup
2 colheres de mostarda
2 colheres de molho inglês
2 colheres de molho de pimenta
1 potinho de champinhom picado (ou não, picado rende mais)
1 tomate picado em cubinhos
2 caixinhas de creme de leite (ou uma garrafa de creme de leite fresco)
sal e pimenta a gosto.

Preparo:
Na maior panela que você tiver refogue a cebola picada no óleo em fogo médio, quando a cebola “ficar transparente”, aumente o fogo, adicione a carne tentando não deixar os cubinhos sobrepostos, evite colocar tudo junto para não baixar a temperatura da panela e ficar com muita água no fundo, frite a carne aos poucos (mas também não se preocupe muito, minha mãe sempre colocou toda a carne junto, sempre soltou um monte de água e o estrogonofe sempre ficou bom pra cacete). Quando não tiver mais água no fundo da panela e a carne estiver fritinha, flambe com o conhaque (você pode usar a imaginação para botar fogo no conhaque, se a panela estiver quente o suficiente, ele vai pegar fogo sozinho, se não vai precisar de ajuda. Você pode inclinar a panela até pegar fogo, você pode colocar fogo no conhaque antes de jogar ele na panela e a minha namorada já jogou um fósforo na panela para o conhaque pegar fogo!).
Depois de flambado abaixe o fogo e adicione o tomate o champinhom as colheres com os temperos e o creme de leite, se for o de caixinha deixe esquentar e sirva, mas se for o creme de leite fresco, fique mexendo na panela até ele engrossar.
1 - Alcatra em tirinhas; 2 - o que não se deve fazer, jogar toda a carne junta; 3- flambando ou como começar um incêndio; 4- o estrogonofe pronto.
Essa receita deve dar para umas quatro pessoas, mas você sabe melhor do que eu quanto seus amigos comem, sirva com arroz e batata frita ou palha.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Tabule: a arte de sujar pouca louça.

Aposto que algumas pessoas já viram na TV algum figurão da gastronomia fazendo um prato delicioso em poucos segundos. E aposto que até alguns de vocês tentaram fazer o mesmo, mas o prato não ficou delicioso e nem foi feito em poucos segundos.
Isso porque aquelas pessoas são profissionais e se você acha que isso quer dizer que elas são melhores que você, você está enganado. Ser profissional significa que alguém picou a cebola para eles e deixou num potinho na medida certa, que só precisa ser jogada na panela. Ser profissional significa que ele não vai lavar nenhuma louça, nem antes e nem depois de ter feito o seu belo prato.
Sei disso porque já tentei fazer o mesmo, o prato ficou bom, mas a pilha de louça suja que restou do preparo era tão grande que eu comia pensando na louça suja, o que deixou a comida relativamente insípida.
Já que eu não tenho nenhuma espécie de funcionário para lavar a minha louça suja, desenvolvi algumas técnicas para sujar a menor quantidade possível de louça. E vou usar a receita do tabule pra passar algumas dessas técnicas.

Tabule:
2 pepinos japoneses;
1 cebola;
4 tomates (você vai precisar tirar a semente deles, aviso desde já);
1 ou duas xícaras de trigo para kibe (depende do quanto você gosta de trigo);
2 colheres de sopa de azeite;
½ xícara de salsinha;
O suco de 1 limão;
Pimenta (de preferência a síria) e sal a gosto.

Preparo:
Antes de tudo deixe o trigo de molho (em água) por uns 20 minutos  num pote, o menor possível (dá menos trabalho para lavar e vai caber no escorredor). Depois, pique os pepinos em cubinhos (use uma tábua de cortar bem grande, a maior que couber na sua pia, pois assim você pode deixar as coisas que você for picando nela e não vai precisar sujar outro pote). Jogue os pepinos cortados numa bacia grande. Agora pique a cebola e coloque na mesma bacia. Tire as sementes dos tomates tirando uma tampa deles e cutucando as sementes com a mão debaixo da pia com o auxílio da água. Depois de tirar as sementes pique os tomates em cubinhos e também coloque na bacia. Eu sempre deixo o tomate por último, porque ele é o que mais suja a tábua, pense nisso, primeiro pique as coisas que menos sujam e que menos dão gosto, nessas você vai até economizar um pouco de água.
Agora vem a parte difícil: com a mão, tente pescar o trigo que estava de molho e esprema-o na pia para soltar a água. Faça isso até terminar de secar o trigo, ou até cansar, e coloque o trigo espremido na bacia.
Coloque o salsinha, a pimenta, o sal, o suco de limão e o azeite em um copo, misture e espalhe pela bacia, misture tudinho e pronto.

Resumão e outras dicas para louça:
- Quanto menor for o que você sujar, mas fácil vai ser de lavar. Só pense que, às vezes, coisas grandes, como uma tábua, fazem você lavar menos vezes, o que é uma vantagem.
- Se você for usar duas panelas, pense que uma delas pode servir de pote. Leia a receita inteira antes de começar a cozinhar e pense que louças você vai precisar sujar e se dá para você usa-las duas vezes sem precisar lavar (ex: preciso refogar a cebola e reserva-la para depois juntar com a carne. E também vou fazer um arroz. Coloque a cebola refogada na panela do arroz!)
- O prato que você usou para preparar algo pode ser o mesmo prato que você usa para comer.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Carne moída e o coringa das proteínas.

Como todos sabem carne é uma grande fonte de proteínas, sabemos também que existem outras fontes de proteína mais saudáveis e politicamente corretas, mas quem se importa?
Agora, o que poucos sabem é que a carne moída é uma grande coringa na cozinha, é o tipo de carne mais fácil de se usar e pode gerar milhões de receitas e comidas diferentes.

Como preparar uma carne moída:
Primeiro você precisa comprar uma carne moída. As duas mais fáceis de se lidar e as mais gostosas são as carnes moídas de patinho (patinho é uma parte do boi) e de coxão duro (outra parte do boi). Eu pessoalmente prefiro a de patinho, nunca consegui estragar nada feito com carne moída de patinho.

A base:
Para fazer um molho ou simplesmente a famosa carne fantasia (encontrada nos restaurantes universitários de todo pais) é preciso primeiro fazer a base, para isso vamos precisar:

250g de carne moída.
2 colheres de sopa de óleo..
1 cebola picada ou ralada.
1 panela a maior e mais pesada possível.
Sal e pimenta do reino a gosto.

Coloque a cebola e o óleo e ligue o fogo médio, vá mexendo aos poucos esperando a cebola ficar transparente ou algo perto disso (eu pessoalmente nunca vi a cebola ficar transparente) depois coloque a carne moída, espalhe ela pela panela e ligue o fogo alto. Não é preciso mexer nem nada, quando a água secar a carne esta pronta. Daí é só abaixar o fogo e escolher o que fazer com ela, mas se você não colocar nada que tenha água se lembre de colocar um pouco de água para não queimar tudo e tempere com sal e pimenta a gosto.

O molho:
Para fazer o molho é só pegar essa base de carne moída e colocar um tomate picado ou uma lata de tomate pelato, deixar um pouco no fogo só para fazer um charme e depois colocar a lata de molho de tomate. Para tirar a acidez do molho você tem três opções: a mais simples é colocar açúcar a outra mais simples é colocar um pouco (bem pouco) de leite e a mais chique é colocar uma cenoura. Deixe cozinhar em fogo baixo por uns cinco minutos mexendo de vez em quando. Não tenha medo de enfiar a colher na boca e experimentar o molho, vá experimentando e corrigindo até ter o molho adequado. Por último você pode colocar um manjericão fresco ou até um orégano e você pode usar esse molho para macarrão, panquecas ou simplesmente para comer com pão francês.

Resumão:
Já que essa é a primeira vez que lidamos com carne vamos a alguns princípios da carne.
1 – quanto menos mexer uma carne que está fritando ou grelhando, mais macia ela fica.
2 – quanto menos tempo a carne ficar fritando ou grelhando, mais macia ela fica (use fogo alto e óleo para ter uma temperatura alta).
3 – a carne está pronta quando ela para de soltar água.
4 – você só tempera a carne depois de ter selado (fritado ou grelhado dos dois lados)
5 – dica de um amigo, use o fogo só para selar a carne, deixando uns dois minutos de cada lado, depois coloque ela no forno para cozinhar por dentro.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Panquecas e a cozinha divertida.

Depois de ter queimado o arroz, se sentir um estúpido e ficar decepcionado com a cozinha nada melhor do que fazer uma divertida panqueca!
Eu estava com receio de passar uma receita de panqueca, pois até então só tinha feito no liquidificador e sabemos que nem todos os estudantes tem um equipamento desse na cozinha. Mas ontem, justamente em comemoração a esse blog, fiz um jantar em casa e fiz panquecas sem usar o liquidificador.
Confesso que não é tão prático como a de liquidificador, mas a massa fica mais gostosa e macia, então vou passar a receita dos dois tipos de panqueca.

Panqueca de liquidificador.
1 copo de leite
½ copo de farinha
½ copo de maisena (amido de milho)
1 colher se sopa de manteiga
2 ovos
sal e noz moscada a gosto.

Jogue tudo no liquidificador e bata, bata bastante até a massa ficar homogênea. Depois coloque o equivalente a uma dose (uma dose de pinga, vodka, essas coisas) em uma frigideira untada com manteiga, daquelas que não grudam e tente fazer com que a massa se espalhe e fique redondinha (dá para brincar e tentar fazer formatos diferentes como borboleta corações ou a bandeira do Brasil).
Quando as laterais da massa começar a soltar gire a massa com a ajuda de uma espatula, ou senão só solte e massa e gire com a frigideira como nos filmes. De vez em quando dê uma ligada no liquidificador para misturar a massa e NUNCA SE ESQUEÇA DE TAMPAR O LIQUIDIFICADOR.

Panqueca de braço.

1 copo de leite
¾ de copo de farinha. (quase um copo)
2 ovos
1 colher de chá de manteiga
sal e noz moscada a gosto.
Na imagem: Untando a frigdeira. mexendo os ovos em um copo, misturando a farinha no leite, a dose de panqueca.

Coloque o leite numa tigela grande e vá misturando enquanto adiciona a farinha aos poucos, depois quebre um ovo num pote e bata ele com um garfo como se fosse fazer um ovo mexido. Misture ele na massa e faça o mesmo com o outro ovo. Adicione o sal e a noz moscada, Depois coloque o equivalente a uma dose (uma dose de pinga, vodka, essas coisas) em uma frigideira untada, daquelas que não grudam e tente fazer com que a massa se espalhe e fique redondinha (dá para brincar e tentar fazer formatos diferentes como borboleta corações ou a bandeira do Brasil).
Quando as laterais da massa começar a soltar gire a massa com a ajuda de uma espatula, ou senão só solte
e massa e gire com a frigideira como nos filmes. Bata sempre a massa antes de colocar a dose na frigideira.

Você pode rechear a panqueca com o que quiser, amanhã vou passar a receita de molho de tomate com carne moída que costuma ficar bem bom com essas panquecas. Mas por enquanto use a imaginação, coloque presunto, queijo ou feijão, o bacana é coloca-las um pouco no forno com o recheio, para que tudo fique quente e derretido. Também dá para rechear com algo doce, como sorvete, mas para isso você precisa fazer a massa sem sal e noz moscada, sugiro colocar café e açúcar na massa para panquecas com sorvete.

Abraços, até mais.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Arroz e o cozimento: o princípio.

Aprender a fazer arroz é o princípio para aprender a cozinhar. O que acontece basicamente em qualquer ato de cozinhar é a troca de calor e osmose, e saber cozinhar é saber prever o que acontece com cada elemento nessa interação entre água e fogo.

A receita:
1 xícara de arroz.
1 dente de alho picado.
1 colher se sopa de azeite extra virgem ou óleo de cozinha
1 colher de chá de alecrim.
2 xícaras de água.
1 copo com água.
Sal a gosto.

O preparo e os poréns:
Coloque o alho picado, o azeite e o alecrim na panela e ligue o fogo, deixe do lado do fogão o copo de água e a xícara com o arroz e vá mexendo as coisas na panela. Quando o alho começar a fazer barulho e você ficar assustado coloque o arroz e dê mais uma mexida, antes de ele queimar e manchar a panela, adicione as duas xícaras de água, o sal e tampe a panela. Depois é só dar uma olhada de vez em quando, se não tiver mais água, desligue e sirva.
Os poréns:
Nem sempre se tem o tempo certo das coisas, use o copo de água para ganhar tempo, sempre que você acha que vai queimar ou algo assim, coloque um pouco, só um pouco de água para baixar a temperatura da panela.
1 - o arroz seco; 2- o arroz pronto; 3- refogando o alho e o alecrim; 4- o arroz coberto de água; 5- refogando o arroz
Seu arroz vai sair grudento ou queimado, é normal! Só com o tempo a gente consegue acertar, existe a possibilidade de colocar água aos poucos e ficar de olho no arroz até ele atingir o ponto que se deseja, mas assim você nunca vai poder assistir tv enquanto faz o arroz. A minha dica é fazer mais arroz do que se precisa, assim, mesmo queimando o arroz do fundo da panela, sobra arroz sem estar queimado para se comer.
Este receita deve servir para duas porções, mas já que todos somos esfomeados acho que só serve para uma pessoa.

O que é mesmo culinária?

Muitas vezes eu me pergunto o que é cozinhar, o que é culinária e o que é gastronomia. Já cheguei a muitas conclusões e a mais recente foi que cozinhar é o que se faz quando juntamos alimentos e uma fonte qualquer de calor, culinária é a coisa que abrange as técnicas e saberes do ato de cozinhar (por exemplo: toda criança sabe que para se fazer uma batata na fogueira é preciso revesti-la de papel alumínio) e gastronomia é a parte chata e pedante que envolver a culinária e cozinhar.
Por isso fiz questão que meu primeiro livro sobre cozinhar não tivesse no título as palavras ligadas ao campo semântico da gastronomia como gastronomia, chef e Jamie Oliver. E acho que fiz uma boa escolha, as receitas são boas e o livro melhor ainda, mas algo falta.
Todos esses livros, sites, programas de TV e coisas do tipo fazem a gente se sentir imbecis, pois ou nos tratam como alguma especie de culinariamente-debilitados ou porque nos mandam fazer coisas impossíveis de serem feitas numa cozinha normal.
E este blog não pretende resolver esses problemas e nem ser o fantástico meio termo esperado, mas para todos se sentirem melhor, vamos esclarecer logo de início que vamos ser tratados como gastronomicamente-debilitados. Pois de fato somos e é até bom ser algo desse tipo.
Agora vale a pena esclarecer que este blog é voltado para a cozinha de estudantes, porque uma hora enche o saco de almoçar no restaurante universitário, o miojo começa a enjoar e acredite porque aconteceu comigo: a lasanha congelada começa a fazer você vomitar.
Meu desafio é selecionar e criar receitas baratas, simples de ser preparadas, que não exigem mais que uma panela e uma frigideira e que não tomem a eternidade. Mas eu só vou conseguir fazer isso se vocês me ajudarem e se empenharem um pouco em arregaçar as mangas, lavar a pilha de louças sujas e irem ao supermercado comprar algumas coisas. E é pelo supermercado que vamos começar.

Coisas básicas, baratas e que não estragam que precisamos ter na cozinha para quando der vontade de cozinhar não termos preguiça de ir até o supermercado:
Primeiramente, os temperos. Tempero é o que vai dar gosto para nossas coisas e sempre precisamos ter na cozinha, a dupla básica é cebola e alho: Esses dois demoram muito a estragar e podemos deixar na geladeira por um bom tempo, para escolher no supermercado é fácil, quase instintivo, a cebola tem que ser bonita, não pode estar brotando e tem que estar durinha, então dê uma apertadinha na cebola para ver qualé que é. Para o alho o mais pesadinho e branquinho é o que dura mais, se a preguiça de picar alho é muito grande compre o picado, mas evite o seco, além de ser nojento é nojento.
Aqui vai uma lista de temperos de saquinhos que você precisa ter: Orégano, alecrim, noz moscada, curry, pimenta do reino, sal, açúcar, canela, caldo de carne e legumes e o que mais você achar bonitinho.
Algo que melhora muito a vida na cozinha é ter cebolinha e salsinha picados e congelados no freezer. Então compre um maço de cada, pique e guarde separados no congelador, que a qualquer momento eles podem ser muito uteis.
Com o que cozinhar? Basicamente se usa água ou algum tipo de gordura para se cozinhar, então é importante ter um óleo de canola, um azeite extra virgem e uma manteiga. O azeite pode parecer frescura, mas para cozinhar só o extra virgem mesmo, qualquer outro vai piorar o gosto da sua comida, então ou use ele ou o óleo de canola.
Também é sempre bom ter coisas que salvam uma refeição como macarrão, molho de tomate, tomate pelato em lata, ovos, farinha, amido de milho (maisena), creme de leite, leite, arroz, feijão, lentilha e atum em lata. Com o tempo vamos nos dedicar a cada um desses elementos melhor e explicar a função deles.